sábado, 29 de janeiro de 2011

Agenda dos espectáculos para o mês de Fevereiro

AGENDA
DE ESPECTÁCULOS
DIA 2
TERÇA
DIA 3
QUARTA
DIA 4
QUINTA
DIA 5
SEXTA
DIA 6
SÁBADO
DIA 7
DOMINGO
ABERTURA DA BIENAL
GIGABOMBOS DO IMAGINÁRIO
17H00
Jardim Canas
LE MANÉGE MAGIQUE (Carrossel)
FRANÇA
10H00 ÀS 13H00
Largo 1º de Maio
10H00 ÀS 13H00
17H00 ÀS 21H00
Largo 1º de Maio
10H00 ÀS 13H00
17H00 ÀS 21H00
Largo 1º de Maio
10H00 ÀS 13H00
17H00 ÀS 21H00
Largo 1º de Maio
10H00 ÀS 13H00
17H00 ÀS 21H00
Largo 1º de Maio
10H00 ÀS 13H00
17H00 ÀS 21H00
Largo 1º de Maio
STUFFED PUPPET THEATRE
VAMPYR
HOLANDA
21H30
T. Garcia de Resende
18H30
T. Garcia de Resende
THE FIFTH WHEEL
CABARET ON STRINGS
ALEMANHA
23H00
Sala Estúdio (TGR)
18H30
Sala Estúdio (TGR)
CRIADORES DE IMAGENS
TROIANDO
PORTUGAL
Animação
durante o dia
Animação
durante o dia
Animação
durante o dia
Animação
durante o dia
Animação
durante o dia
TEATRO DE MARIONETAS
LA ESTRELLA
ESPANIS CIRCUS
ESPANHA
10H00
Jardim Hotel
M’ar De Ar Muralha
19H00
Praça do Sertório
17H00
Jardim Canas
STEF VETTERS
LE MONDE INCONNU
DU SEIGNEUR OTTFRIED
BÉLGICA
11H00
Praça do Sertório
18H00
Lg. Luís de Camões
11H00
R. Miguel Bombarda
18H00
Jardim das Canas
11H00
Lg. 1º de Maio
18H00
Praça do Sertório
11H00
Lg. Luís Camões
16H00
Jardim das Canas
TEATRO DE TÍTERES
LOS DUENDES
TITIRIJUEGOS
ESPANHA
16H00
Jardim Público
11H00
Jardim Público
16H00
Jardim Público
TEATR VITI MARCIKA
LA BELLA DURMIENTE
REPÚBLICA CHECA
10H00
Jardim Canas
19H00
Praça do Sertório
11H00
Jardim do Hotel
M’Ar de Ar Muralha
18H00
Jardim Público
17H00
Praça do Sertório
COMPAÑIA CANIJA
LA CANIJA
ESPANHA
21H30
Sala Estúdio (TGR)
23H00
Sala Estúdio (TGR)
24H00
Intensidez Bibliocafé
18H30
Sala Estúdio (TGR)
STEPHEN MOTTRAM
EGGBIRD
INGLATERRA
18H30
T. Garcia de Resende
16H00
T. Garcia de Resende
TEATRO HUGO E INÊS
CUENTOS PEQUEÑOS
PERÚ
23H00
T. Garcia de Resende
22H00
T. Garcia de Resende
BONECOS DE SANTO ALEIXO
AUTO DA CRIAÇÃO DO MUNDO
PORTUGAL
21H30
Sala Estúdio (TGR)
18H30
Sala Estúdio (TGR)
TRULÉ - INVESTIGAÇÃO
DE FORMAS ANIMADAS
TEATRO À LA MINUTA
PORTUGAL
19H30
Hall do (TGR)
20H45
Hall do (TGR)
11H15
Hall do (TGR)
15H15
Hall do (TGR)
DELPHIM MIRANDA
A CAIXA DOS BONECOS
PORTUGAL
17H00
Jardim das Canas
11H00 Jd. do Hotel
M’Ar de Ar Muralha
19H00
Lg. Luís de Camões
10H00
R. Miguel Bombarda
TEATRO DE MARIONETAS
DO PORTO
WONDERLAND
PORTUGAL
21H30
T. Garcia de Resende
ERA UMA VEZ -
TEATRO DE MARIONETAS
A HISTÓRIA DA CAROCHINHA
PORTUGAL
12H00
Sala Estúdio (TGR)
MAMULENGO PRESEPADA
O ROMANCE DO VAQUEIRO
BENEDITO...
BRASIL
11H00
Praça do Sertório
17H00 Estab.
Prisional de Évora
24H00 Intensidez
Bibliocafé
10H00
Praça do Giraldo
11H00
Praça do Sertório
18H00 Jd. do Hotel
M’Ar de Ar Muralha
ANIMA SONHO -
TEATRO DE BONECOS
BONECRÔNICAS
BRASIL
18H00
Jardim Público
24H00 Intensidez
Bibliocafé
17H00
Praça do Sertório
11H00
Praça do Sertório
11H00
Jardim das Canas
COMPAÑIA PÈLMANEC
DOM JUAN MEMÓRIA
AMARGA DE MI
ESPANHA
23H00
T. Garcia de Resende
21H30
T. Garcia de Resende
MIKROPODIUM
STOP
HUNGRIA
10H00, 11H00,
12H00
Praça do Giraldo
17H00, 18H00,
19H00
R. Miguel Bombarda
15H00
Hosp. do Espírito
Santo
19H00
Soc. Harmonia
Eborense
10H00, 11H00,
12H00
Jardim Público
17H00, 18H00,
19H00
Jardim das Canas
IRENE VECCHIA
LA GUARATTELLE
ITÁLIA
11H00
Praça do Giraldo
17H00
R. Miguel Bombarda
11H00
Praça do Giraldo
19H00 Jd. do Hotel
M’Ar de Ar Muralha
18H00
R. Miguel Bombarda
ENCERRAMENTO
FOGO PRESO
23H00
Jardim Canas
ESPECTÁCULOS PAGOS ESPECTÁCULOS PARA CRIANÇAS A PARTIR DOS 5
12
01 02
03
06
09
10
11
08
07
05
04
01 Teatro Garcia de Resende • 02 Sala Estúdio – T. G. R. • 03 Jardim das Canas
04 Jardim Hotel M’Ar de Ar Muralha • 05 Jardim Público • 06 Largo Luís de Camões • 07 Largo 1º de Maio
08 R. Miguel Bombarda • 09 Praça do Sertório • 10 Praça do Giraldo • 11 Sociedade Harmonia Eborense
12 Intensidez Bibliocafé
Adultos
Cartão
http://www.youtube.com/watch?v=_jlZIr31FHY&feature=player_detailpage

Cendrev

O CENDREV, mais do que uma companhia de produção, é um centro de acção teatral em que se cruzam áreas e componentes diversas da vida do teatro. O CENDREV cumpriu em Janeiro de 2005 trinta anos de trabalho em torno da criação e difusão de espectáculos, da formação e da gestão do centenário Teatro Municipal Garcia de Resende onde anualmente, para além da sua produção, acolhe dezenas de espectáculos de teatro, música e dança. O CENDREV edita a Revista Adágio (revista de arte e cultura), com 42 números publicados desde 1990. Em 2003 o CENDREV, em parceria com o IITM (Instituto Internacional de Teatro do Mediterrâneo, de Madrid), lançou as bases de um novo projecto: o Encontro de Teatro Ibérico, uma realização que proporciona o encontro entre agentes da criação teatral de Espanha e Portugal, com o objectivo de promover intercâmbios, parcerias de criação e produção teatrais, bem como um conhecimento mútuo e frutífero relativamente às realidades teatrais de ambos os países. O CENDREV é igualmente responsável pela recuperação do importantíssimo espólio de marionetas tradicionais do Alentejo, os Bonecos de Santo Aleixo, com os quais já realizou centenas de representações em Portugal e no estrangeiro e organiza a Bienal Internacional de Marionetas de Évora, BIME, cuja primeira edição se realizou em 1987.No âmbito deste projecto organiza, em parceria com o Centro de História de Arte da Universidade de Évora, um Seminário Internacional sobre a problemática da marioneta. A actividade, que anualmente desenvolvemos, organiza-se em torno da montagem de uma média de quatro novos espectáculos e da realização de cerca de 175 récitas que fazemos com essas produções, com os espectáculos do ano anterior que mantemos em carteira e também com a intervenção permanente que asseguramos com os Bonecos de Santo Aleixo. Neste quadro de trabalho, destacamos ainda a acção que desenvolvemos junto dos estabelecimentos de ensino e do movimento do teatro de amadores, através de inúmeras intervenções na área da formação, sensibilização e apoio.
O papel e a importância da cidade de Évora em termos de reconhecimento cultural no plano nacional, a sua tradição de grande pólo regional de desenvolvimento e o peso de que dispõe na esfera das relações internacionais a partir da sua designação pela Unesco, como cidade Património da Humanidade, têm determinado o percurso do CENDREV, que, desde sempre, se definiu como um projecto da cidade, voltado prioritariamente para a região e, a partir daí, intervindo no país e no estrangeiro.
O projecto que o CENDREV tem desenvolvido ao longo destes anos, implicou, naturalmente, a criação de uma rede de contactos e parcerias com inúmeros criadores e instituições no plano nacional e internacional e contribuiu activamente para o processo de desenvolvimento cultural da Região Alentejo.

História do Teatro Garcia de Resende

História do Teatro Garcia de Resende
O Teatro Garcia de Resende foi construído na cidade de Évora no século XIX entre 1881 e 1890, tendo dois momentos distintos (1881-1883 e 1888-1890), o primeiro momento meado entre Abril de 1881 e Maio de 1883, à semelhança de muitos outros teatros construídos no século XIX, o teatro Garcia de Resende resultou de uma iniciativa das elites locais que promoveram a constituição de uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, designada Companhia Eborense Fundadora do teatro Garcia de Resende , para construir (em Évora) um teatro e explorar depois o mesmo teatro por administração própria ou alheia regulada por contrato, como melhor convier aos interesses da companhia respeita aos tempos de maior actividade da Companhia Eborense, que , com duas subscrições de acções e um empréstimo, consegue dispor de um projecto, adquirir os terrenos e levantar o edifício..As vicissitudes que envolveram a construção do edifício e a solução singular encontrada para a sua conclusão, acabando no mecenato de outro grande proprietário agrícola, Francisco Barahona ,que, num segundo momento delimitado entre Setembro de 1888 e Dezembro de 1890, financiado por este corresponde à conclusão do teatro. Praticamente todo o interior do edifício, desde os acabamentos mais elementares até às decorações mais elaboradas, pertence a esta fase da obra. Desconhece-se, no entanto, se o resultado final provém da direcção Barahona, ou se, pelo contrário, já estava previsto no projecto inicial. A dimensão do projecto riscado pelo engenheiro Adriano Monteiro não se conciliava com tão austeros acabamentos, como os que vêm descritos naquela nota, razão porque pensamos tratar-se apenas de uma solução de recurso face à incapacidade da companhia para concluir o edifício. Os accionistas ao reconhecerem que a sociedade não tinha condições para proseguir a obram, que aceitaram a proposta de Francisco Barahona, que concluiria o teatro e com a consequente doação do edifício à Câmara Municipal de Évora para que assim se assegurasse o seu funcionamento.
Quer estivesse ou não previsto no projecto inicial, a equipa contratada para proceder aos acabamentos, decorar e equipar o teatro tinha um edifício em toscos, de construção sólida e de dimensões pouco usuais, em particular numa cidade de província, sobre o qual aplicou um programa, eventualmente influenciado pelo gosto requintado de Barahona, mas sem introduzir alterações de fundo sobre a estrutura do edifício ou sobre a organização dos seus espaços fundamentais.
Estes trabalhos têm uma natureza celebrativa, mais ou menos explicita, e assentam substancialmente na demonstração da grandiosidade arquitectónica e artística da obra e do protagonismo que na sua prossecução tiveram três figuras socialmente prestigiadas de Évora: o lavrador mais abastado da província do Alentejo, José Ramalho Dinis Perdigão, a sua mulher Inácia Fernandes, e o não menos reputado proprietário e empresário agrícola, com formação em direito, Francisco Eduardo Barahona Fragoso, que passa a residir em Évora após se consorciar, em 1887, com a viúva de Ramalho Perdigão. Constituem, portanto, tributos àqueles que são tidos como beneméritos da cidade, não só pelo empreendimento do teatro, mas também pela acção cultural, cívica e assistencial desenvolvida no seio da sociedade eborense da segunda metade do século XIX. Sob a preferência desvelada ao modelo arquitectónico italiano, cuja concretização de referencia se encontrava então nos teatros públicos de São Carlos e de D. Maria II. Este teatro eborense integra, assim, o conjunto de edifícios especificamente concebidos para as artes da representação que, ao longo do século XIX e até às primeiras décadas da centúria seguinte, se construíram pelo país sob a influencia daquele modelo arquitectónico, seja através de interpretações mais fidedignas ou menos qualificadas, seja contemplando já a aplicação de soluções evoluídas e experimentadas, nomeadamente nos teatros franceses de Oitocentos.

domingo, 14 de novembro de 2010

A lenda do Arlequim

Este Teatro é um Teatro à Italiana,e há uma lenda sobre um figurino muito caracteristico deste Teatro que é o Arlequim.
A LENDA DO ARLEQUIM
Conta a lenda... que vivia em Veneza, no seu lindo e imponente palácio, uma Condessa muito rica que todos os anos, no Carnaval, organizava um grande baile de máscaras, para o qual convidava todos os rapazes e raparigas da cidade.
A Condessa só fazia uma exigência aos convidados: tinham que se apresentar mascarados, e durante a festa, era sempre premiado aquele que melhor se apresentasse.
Então, em todas as casas de Veneza, as mães esforçavam-se por fazer os mais belos fatos de máscaras. Só Arlequim não iria ao baile por ser muito pobre e sua mãe não poder fazer-lhe nenhum traje.
Os amigos, vendo-o tão triste, resolveram dar o que tinham - os bocadinhos da fazenda que sobrara da confecção dos seus fatos. E, com eles, a mãe de Arlequim conseguiu fazer uma linda fantasia, cortando os bocadinhos em losangos iguais e combinando habilidosamente as diferentes cores.
Assim, o pequeno Arlequim pôde entrar no palácio da Condessa.
E mais conta a lenda que foi precisamente Arlequim quem nesse ano ganhou o prémio por se ter apresentado com o fato mais vistoso e original.
E quando a Condessa lhe perguntou como é que ele, tão pobre, tinha arranjado tão lindo traje, ele respondeu:
- O meu fato foi feito com a bondade dos meus Amigos e o coração da minha mãe.

História do Teatro Garcia de Resende

O Teatro Garcia de Resende foi inaugurado em 1 de Junho de 1892, no termo de um longo processo iniciado em 11 de Abril de 1881 (data do início das obras), liderado na fase inicial pelo proprietário José Maria Ramalho Dinis Perdigão.
É um dos mais representativos "teatros à italiana" existentes em Portugal (outros: Teatro de S. Carlos, Coliseu de Lisboa, e com capacidade para figurar num dos primeiros lugares de uma listagem a nível europeu, ao lado, por exemplo, do Scala de Milão.
A morte de Dinis Perdigão interrompe as obras, que se reiniciaram por breve período em 1886, até que em 1888, o Dr. Francisco Eduardo Barahona Fragoso, entretanto casado com a viúva do primeiro, se dispõe a investir na conclusão do projecto, cuja direcção esteve entregue ao engenheiro eborense Adriano de A. S. Monteiro.

FACHADA
A fachada original, em mármore rosa, ornamentada com rosáceas de estuque e ferrarias rendilhadas já não existe; foi adulterada em 1969 por uma verdadeira "obra de fachada" que substituiu o mármore e a estucaria por granito, sacrificando igualmente a unidade formal do estilo do teatro (exemplo: as janelas da fachada, cuja forma foi alterada).

HALL DE ENTRADA
Em painéis a óleo sobre tela, são representadas as figuras clássicas da Música, Dança, Comédia e Literatura, pintadas por João Vaz. São mencionados também os nomes dos artistas que colaboraram na decoração do Teatro: Luigi Manini, cenógrafo do Teatro S. Carlos e autor do cenário para dotação do Garcia de Resende; António Ramalho, João Vaz e João Eloy do Amaral (elementos do Grupo do Leão); o entalhador Leandro Braga; o estucador Domingos Meira e outros.
No Hall figura ainda um medalhão, posteriormente mandado instalar pela Câmara Municipal de Évora, com a efígie do casal Barahona, que doou o edifício à Câmara em 14 de Agosto de 1890.
Do lado esquerdo do Hall, o bar, cujo tecto é decorado com motivos alusivos à sua função, enquanto na parede se recorreu à flor de liz, um motivo repetido na decoração de outros espaços, nomeadamente na sala grande.
À direita, a porta de acesso ao "bengaleiro" (hoje recepção), e junto à porta lateral, o guichet do camaroteiro e as escadas de acesso à terceira ordem de camarotes e à galeria, a assinalar a diferenciação social subjacente à concepção do teatro à italiana.

SALA PRINCIPAL
Arquitectura e decoração em barroco italiano. Apresenta algumas respostas eficazes a problemas que a tradição de cena não tinha conseguido até então resolver.
O eixo da sala, em forma de ferradura, orienta-se perpendicularmente ao palco, submetido ao "olhar do príncipe". Tal como no Coliseu de Lisboa e no S. Carlos, o lugar mais importante situa-se em frente ao palco, por sobre os arcos de ferradura de inspiração árabe. A partir daí, a sala organizava-se em escala hierárquica: as frisas e camarotes de 1ª e 2ª ordem (para a classe rica), a na plateia a classe média, e nos "galinheiros" a classe mais pobre. Estes últimos não entravam para o Teatro pela porta principal, mas sim por duas portas laterais ainda hoje existentes, e que são portas de serviço.
O teatro à italiana é também um espaço organizado para ver e ser visto: as frisas são pequenas salas onde "se recebe". Eça de Queirós descreveu-o de forma perfeita no seu livro "Os Maias".